Doenças

Defeitos congênitos do coração

Os defeitos congênitos do coração (também chamados de cardiopatias congênitas) são as anomalias congênitas mais comuns, ocorrendo em cerca de 1 a cada 100 bebês.

Esses defeitos de nascença alteram a estrutura do coração e como ele funciona, podendo alterar a maneira como o sangue flui pelo coração e pelo restante do corpo.

Podem ser simples como pequenos buracos nas paredes que dividem o coração até bem complexos quando algumas estruturas importantes do coração podem ser muito pequenas ou até não existirem.

A maioria dos defeitos cardíacos congênitos ocorre ao acaso, ou seja: sem fatores de risco ou história na família, mas certas condições podem sim, aumentar o risco de cardiopatia congênita e costumamos separar essas causas em fetais e maternas, nesses casos, precisamos avaliar o coração do feto com mais detalhes e isso é possível através do ecocardiograma fetal.

Fatores de risco maternos:

  • Algumas doenças metabólicas como Diabetes tipo 1 e tipo 2, bem como a Fenilcetonúria, principalmente quando não bem controladas no 1º trimestre de gestação.
  •  Certas medicações usadas pela gestante como algumas drogas usadas para controle da pressão, controle de crises convulsivas, antidepressivos, álcool, dentre outros.
  •  Obesidade materna (índice de massa corpórea, ou IMC maior ou igual a 30kg/m2) está associada a malformações do sistema nervoso e do coração do feto.

Fatores de risco do feto:

  • Anomalias extracardíacas, que são malformações em outros órgãos do bebê, como: trato gastrointestinal, trato urinário, sistema nervoso, presença de artéria umbilical única, onfalocele, alterações cromossômicas, dentre outros.
  •  Arritmias cardíacas fetais como os bloqueios atrioventriculares.
  •  Translucência nucal aumentada: no ultrassom morfológico de 1º trimestre, que é geralmente realizado entre 11 e 13 semanas de gestação, a transluscência nucal (TN), é a medida da coleção de líquido localizada embaixo da pele da nuca do bebê. Quando a transluscência nucal está aumentada, existe aumento do risco de cromossomopatias como a síndrome de Down, dentre outras e se a TN é aumentada (≥ 3,5 mm) em feto com cromossomos normais, existe risco aumentado de cardiopatia congênita. Quanto maior a TN, maior o risco.
  •  Gestações gemelares com placenta monocoriônica têm maior chance de problemas cardíacos nos fetos.
  •  Suspeita de cardiopatia ao exame de ultrassom morfológico.
    Em todos os casos acima, está indicado, portanto, a realização do ecocardiograma fetal.

Assista também no blog, o vídeo onde explico os principais momentos em que podemos intervir para prevenir essas doenças e, caso elas ocorram, como podemos fazer o diagnóstico para que elas possam ter o tratamento ideal no tempo adequado.